Protocolo Antiparasitário para Gatos
Se você é tutor de gatos ou está pensando em adotar um, um dos cuidados essenciais para garantir a saúde do seu felino é o protocolo antiparasitário. E é sobre isso que vamos falar hoje: como proteger o seu gato contra parasitas, os cuidados necessários e, claro, algumas curiosidades surpreendentes sobre esses pequenos invasores.
O que são parasitas?
Vamos começar do começo: o que são parasitas? Quando falamos em parasitas, estamos nos referindo a organismos que vivem à custa de outro, o hospedeiro. No caso dos gatos, eles podem ser internos, como vermes e protozoários, ou externos, como pulgas, carrapatos e ácaros. Embora os parasitas sejam comuns, não podemos subestimar o risco que eles representam para a saúde do seu gato.
Parasitas internos
Os parasitas internos mais comuns incluem vermes redondos, vermes chatos e protozoários. Os vermes redondos, ou nematódeos, como a Toxocara cati, são parasitas intestinais que podem ser transmitidos pela ingestão de ovos presentes em fezes contaminadas ou até mesmo no ambiente.
Já os vermes chatos, como a Dipylidium caninum, podem ser transmitidos por pulgas infectadas, o que é um motivo a mais para você manter o controle sobre as pulgas do seu gato.
E não podemos esquecer dos protozoários, como a Giardia e a Toxoplasma gondii. A Giardia causa diarreia e pode ser transmitida por água contaminada ou fezes de animais infectados. A Toxoplasma, por outro lado, pode causar sérios problemas em humanos, especialmente em gestantes, embora os gatos sejam apenas hospedeiros intermediários.
Parasitas externos
Agora, falando de parasitas externos, as pulgas são, sem dúvida, um dos problemas mais comuns que os tutores enfrentam. Elas não apenas causam coceira, mas também são responsáveis pela transmissão de doenças, como a dipilidose, que é causada pelos vermes chatos, além de causarem alergias em alguns gatos. Outro parasita externo comum são os carrapatos, que podem transmitir doenças graves, como a babesiose e a erliquiose, que afetam o sangue do animal.
E como proteger seu gato de todos esses parasitas? A resposta está no protocolo antiparasitário. Ele envolve uma combinação de métodos para prevenir a infestação de parasitas internos e externos. Agora, vou explicar o que compõe esse protocolo, com base nas recomendações mais atualizadas da medicina veterinária.
Desparasitantes internos
Comecemos pelos desparasitantes internos. O protocolo antiparasitário para vermes e protozoários começa geralmente com a administração de vermífugos. A recomendação clássica é de que os filhotes recebam vermífugos desde as 2 semanas de idade, com uma repetição a cada 2 semanas até os 3 meses de idade.
A partir daí, a frequência vai depender do estilo de vida do gato. Gatos que ficam apenas dentro de casa geralmente precisam de vermifugação a cada 3 a 6 meses, enquanto gatos de rua, ou aqueles que têm acesso ao exterior, devem ser vermifugados com mais frequência, aproximadamente a cada 2 a 3 meses.
Os vermífugos mais utilizados são os que contêm princípios ativos como praziquantel, fenbendazol, moxidectina e milbemicina. Cada um desses tem um espectro diferente de ação, ou seja, eles atuam contra tipos distintos de parasitas. Por exemplo, o praziquantel é eficaz contra vermes chatos, enquanto o fenbendazol tem ação sobre vermes redondos e até alguns protozoários, como a Giardia.
Mas atenção: a escolha do vermífugo deve ser feita com orientação veterinária, pois alguns medicamentos podem ser mais apropriados dependendo da espécie de parasita e da saúde do seu gato.
Controle de parasitas externos
Além da desparasitagem interna, os parasitas externos exigem um cuidado constante. Pulgas, carrapatos e ácaros podem causar sérios danos à saúde do seu gato, além de serem extremamente incômodos. O controle de parasitas externos geralmente envolve a utilização de antipulgas e carrapaticidas, tanto em forma de pipetas, como coleiras e comprimidos.
As pipetas são populares por sua facilidade de aplicação e longa duração, mas existem também comprimidos que oferecem um controle eficaz, com a vantagem de agir de dentro para fora. O princípio ativo mais utilizado contra pulgas e carrapatos é o fipronil, mas há também alternativas como a selamectina, que tem um espectro de ação mais amplo, ou o spinosad, que combate as pulgas e também tem um efeito repelente contra mosquitos.
As coleiras antipulgas também são muito eficazes, principalmente se o seu gato tem acesso ao ambiente externo. Elas liberam o princípio ativo de forma contínua, criando uma camada protetora ao redor do pescoço do animal, com efeitos que podem durar de 6 meses até 1 ano.
É importante lembrar que, em casos mais graves de infestação, pode ser necessário fazer uma combinação de tratamentos, tanto no gato quanto no ambiente em que ele vive. Isso porque as pulgas e carrapatos podem ser encontrados em móveis, camas e até no tapete, onde seus ovos podem se esconder, prontos para eclodir e reiniciar o ciclo de infestação.
Importância da prevenção
A prevenção é sempre o melhor caminho. Além de manter os tratamentos em dia, é fundamental adotar medidas para reduzir o risco de infestação. Isso inclui a limpeza constante do ambiente, a lavagem da cama do gato, a higiene pessoal e, claro, o controle sobre o acesso do gato a áreas potencialmente contaminadas, como o jardim ou parques. No caso de gatos de rua, a situação pode ser mais complicada, e o protocolo antiparasitário deve ser mais rigoroso.
Curiosidades sobre os parasitas e gatos
Agora, algumas curiosidades que você talvez não soubesse: os gatos podem ser hospedeiros de mais de 100 tipos diferentes de parasitas, mas o sistema imunológico deles, quando bem cuidado, consegue manter muitos desses parasitas sob controle. É por isso que, muitas vezes, gatos que vivem em ambientes fechados não desenvolvem doenças parasitárias, mesmo que carreguem parasitas em pequenas quantidades.
Outra curiosidade: a toxoplasmose é um parasita que muitos associam aos gatos, e a verdade é que o risco de transmissão para seres humanos é muito baixo. A infecção ocorre, geralmente, por ingestão de oocistos do parasita presentes nas fezes de gatos infectados. Mas para que a transmissão aconteça, é necessário que o ser humano entre em contato com as fezes do gato, o que não acontece com frequência. A infecção em gatos é assintomática na maioria dos casos.
Conclusão
Então, como vimos, o protocolo antiparasitário para gatos é uma parte crucial dos cuidados com a saúde do seu felino. Ao manter o tratamento em dia, você pode proteger seu gato de doenças graves e também evitar que a infestação de parasitas se espalhe para a sua casa. Lembre-se de que a orientação de um veterinário é essencial para garantir o melhor tratamento para o seu gato, com base no estilo de vida dele e no ambiente em que ele vive.
E é isso, pessoal! Espero que esse vídeo tenha ajudado a esclarecer as melhores práticas de prevenção e controle de parasitas para os nossos felinos. Aproveite e leia Entenda os cuidados e a importância da castração de gatos – Livpets e use nosso cupom de desconto da Petz!
0 Comentários