O que é leishmaniose visceral canina?
Uma das seis doenças endêmicas mais relevantes no mundo, segundo a OMS, a leishmaniose visceral canina é uma zoonose não contagiosa causada por um protozoário. Descubra o que causa a doença e como preveni-la.
O que causa a leishmaniose visceral canina?
Causado pelo protozoário Leishmania infantum (a principal no Brasil), é um parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocitário mononuclear. Ou seja, ele entra dentro das células de defesa, como os macrófagos, o que, consequentemente, dificulta muito no tratamento.
É importante saber que a leishmaniose visceral canina é transmitida pelos mosquitos, principalmente pelo Lutzomyia longipalpis, e NÃO PELO CONTATO COM OS CÃES. No entanto, existem outros meios de transmissão raros que foram registrados, como via sexual, transfusão sanguínea e via transplacentária.
Observação: Estes mosquitos, conhecidos como mosquito-palha ou birigui, estão mais presentes em áreas rurais e preferem ambientes úmidos. Esse vetor possui os cães domésticos como seu principal reservatório urbano, mas também se alimentam do sangue de outros animais, como lebres, cavalos, morcegos, gatos e seres humanos.
Essa doença possui um ciclo heteroxeno, ou seja, requer dois hospedeiros para completar o ciclo. É importante destacar que a maioria dos animais que entram em contato com o parasita apresentam uma infecção subclínica. Isso significa que muitos animais estão infectados, mas não exibem sinais clínicos da doença.
Quais são os sinais clínicos?
Embora muitos animais sejam assintomáticos, aqueles que desenvolvem sintomas podem manifestá-los de várias formas. Veja a seguir:
- Generalizado: Linfadenopatia generalizada, emagrecimento,alterações de apetite, letargia, palidez de mucosas, esplenomegalia, poliúria e polidipsia, febre ,vômito e diarreia.
- Cutâneo: Dermatites e nicogrifose.
- Ocular: Blefarite, conjuntivite, ceratoconjuntivite comum ou seca e uveíte.
- Outros: Lesões ulcerativas ou nodulares mucocutâneas, epistaxe, claudicação, vasculopatias e neuropatias.
Como diagnosticar a leishmaniose visceral canina?
Um dos principais desafios reside no diagnóstico, muitas vezes negligenciado e dificultado devido à variedade de sinais clínicos apresentados pela doença. Os métodos mais comuns de diagnóstico incluem exames parasitológicos, como citologia de linfonodos, testes PCR e sorológicos.
É claro que em áreas com maior incidência da doença, como as cidades de Bauru, Araçatuba e Marília, devemos estar ainda mais atentos.
E a leishmaniose humana?
Causada pela Leishmania braziliensis, essa forma de leishmaniose apresenta principalmente lesões nos tecidos nasofaríngeos e na pele do local da picada. Ela possui cura, mas se não for tratada, pode levar à óbito.
Qual é o tratamento?
A única droga leishmanicida aprovada para o tratamento da LCan no Brasil é a miltefosina (MAPA, 2016), mas também usa-se terapias adjuvantes.
Como prevenir e controlar a doença?
Para evitar que seu animalzinho pegue a doença, o uso de coleiras com repelentes é uma boa maneira de afastar os mosquitos, mas a vacina LeishTec é a melhor forma. Além disso, você pode colocar telas nas janelas e evitar deixar água acumulada.
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